História
O desenvolvimento do portátil foi iniciado em 1986 por Gunpei Yokoi e a equipe R&D1 da Nintendo japonesa. O objetivo era combinar as características do Famicon com a portabilidade do Game & Watch, também produzido por Yokoi. O primeiro protótipo do console foi apresentado à diretoria da Nintendo em 1987, surpreendendo os empresários. O presidente da empresa especulou 25 milhões de unidades vendidas em três anos, mas a quantidade foi de 32 milhões. Foi lançado em 1989 e teve sua primeira alteração estética e tecnológica após oito anos.
O projecto foi anunciado e mostrado na feira E3 de 1987, porque a Nintendo queria entrar com o mercado de portáteis. Com o grande sucesso da NES, a empresa tentou, mais uma vez, fazer sucesso com esta consola. Em1988, já estava tudo pronto, e começava a ser vendida em Abril de 1989.
O aparelho tinha de ser uma consola de jogos realmente portátil (cabia no bolso de quaisquer camisas ou calças), simples (o processador principal tinha apenas 4,19 Mhz e o seu écrã era a preto e branco), eficiente (as pilhas duravam até 20 horas consecutivas), barato (foi lançado pelo equivalente a 100 dólares) e que levaria até aos jogadores, onde quer que estivessem, a diversão até então só experimentada no conforto dos seus lares ou em salões de jogos.
O Game Boy surgiu em 1989 com um écrã de cristais líquidos monocromático de fundo verde, jogos a preto e branco, gráficos de 8-Bites e com a possibilidade de ser jogado por mais do que uma pessoa, utilizando o Cabo Game Link. Vinha já de fábrica com o jogo Tetris e a sua produção durou entre 1989 e 1995.
Em 1996 surgiu o "Game Boy Pocket", com acabamentos em prateado metalizado, 30% menor que o Game Boy normal e écrã monocromático mais nítido. Funcionava com 2 pilhas AAA, o que lhe possibilitava caber na palma da mão, mantendo o mesmo tamanho do écrã, porém com mais brilho e nitidez.
Em 1997 surgiu o Game Boy Light, uns milímetros maior do que o Game Boy Pocket, só que com um extra - luz interna, o que lhe permitia ser jogado no escuro, e também perdeu o fundo esverdeado, que cansava bastante a vista. Este modelo é bastante raro, pois só foi lançado no Japão. Também há indícios de que foi lançado no Brasil.
Em 1998 surge o Game Boy Color, já com um écrã a cores e a capacidade de reproduzir os antigos jogos dos seus antecessores. A nova tecnologia trouxe um écrã LCD de baixo consumo de energia e transmissão de dados por infra-vermelhos em jogos compatíveis. Aproveitando o sucesso da série Pokémon, a Nintendo produziu uma versão especial da consola com um Pikachue um Pichu estampado, chamado de Game Boy Color: Pikachu Edition.
Em 2001, a Nintendo inova com o Game Boy Advance. Este foi criado para usar dois CPUs (um CPU RISC a 32-Bites e o comum Z-80 de 8-Bites) e com um écrã de 2.9" a trabalhar com uma resolução de 240 x 160 pixéis e paleta de 32.000 cores. A consola possui um formato horizontal e recebeu a adição dos botões L e R. A energia é obtida através de duas pilhas AA. Conta também com um gerador PCM de som estereofónico, um cabo para ligação entre consolas para jogos multiplayer até 4 jogadores e, mais tarde, com a GameCube. Como continua a ter um Z-80 no seu interior, o Game Boy Advance é compatível com todos os jogos anteriores dos Game Boy e Game Boy Color.
Em 2002 saiu o Game Boy Advance SP com apenas 142 gramas, foi uma revolução na indústria de portáteis e que pode ser levado no bolso da camisa. Possui iluminação própria e bateria interna com uma duração de aproximadamente 10 horas. Vendeu 42,8 milhões de unidades em todo o mundo. Esta versão da consola tem, no entanto, um ponto fraco, já que não podem ser utilizados fones de ouvido que não sejam fornecidos pela Nintendo, uma vez que a entrada dos mesmos na consola é semelhante à da bateria.
No ano de 2005, a Nintendo lançou o Game Boy Micro, que possui a mesma tecnologia do Game Boy Advance, mas remodelado com linhas mais futuristas, frente destacável e écrã menor mas bastante nítido e iluminado. Herdou do GBA SP a bateria de lítio e vendeu por todo o mundo 2,5 milhões de unidades.
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